A vesícula biliar pode apresentar muitas doenças (colelitíase, pólipo etc.), sendo a pedra na vesícula a mais comum delas. No Brasil, 10 a 20% da população apresenta cálculos (pedra) na vesícula e essa porcentagem aumenta com a idade.
Os cálculos podem ser grandes e únicos, pequenos e múltiplos ou formar uma bile espessa, chamada de “barro biliar”. Além da pedra, a vesícula também pode conter pólipos e outras alterações anatômicas que devem ser investigadas.
Quem tem pedra na vesícula, pode não sentir nada ou ter sintomas com frequência irregular, provocando, náusea, vômito, dor abdominal, indisposição, sensação de “estar cheio”. O diagnóstico é feito pela história do paciente, exame físico e confirmado com ultrassom.
Muitos podem ter complicações mais graves pelo deslocamento da pedra e ter obstrução do canal que leva a bile até o intestino (coledocolitíase), ter icterícia (pele amarela), fezes claras e urina escura, ou inflamação aguda da vesícula (colecistite aguda) com pus, necrose, perfuração, e até pancreatite aguda, inflamação grave do pâncreas.
Para evitar os sintomas e as complicações é aconselhável que seja realizada uma pré-avaliação com médico cirurgião, onde é considerado o tratamento definitivo da doença: a retirada da vesícula. O procedimento pode ser feito de maneira convencional (aberta, com corte) ou por videolaparoscopia, com 3 ou 4 furos por onde trabalham as pinças.
Em geral a recuperação depende do tipo de cirurgia, condição da vesícula e do paciente. Porém, o tratamento minimamente invasivo (videolaparoscopia) permite um retorno rápido às atividades.