São hérnias que acontecem por fraqueza da parede abdominal. Conheça alguns tipos abaixo:
Hérnia Umbilical
A hérnia no umbigo é uma condição bastante comum que pode surgir com o tempo e aumentar com o esforço, se não for tratada. Pessoas obesas, tabagistas ou com doenças associadas têm mais chance de desenvolver.
Em momentos de tosse, esforço ou riso, é possível notar-se inicialmente um “caroço” no umbigo. Com o tempo a hérnia vai aumentando, assim como o abaulamento, correndo o risco de haver encarceramento e estrangulamento. O diagnóstico se dá pelo histórico e exame físico do paciente, sendo confirmado por ultrassom da região.
O encarceramento ocorre quando a hérnia saí e não volta mais, permanecendo o “caroço” e submetendo o intestino ao risco de compressão, impedindo a circulação sanguínea, levando a necrose (morte do intestino) e perfuração, considerada a pior complicação de uma hérnia.
Estima-se que cerca de 10 a 20% de todos os bebês apresentem hérnia umbilical. Apesar de menos frequente, este tipo de hérnia também afeta os adultos de qualquer idade, sendo mais frequente no sexo feminino do que no masculino.
A maioria das hérnias umbilicais encerra até ao final do primeiro ano de vida do bebé. Contudo, existem casos que demoram mais e que exigem tratamento cirúrgico.
O tratamento é realizado por intervenção cirúrgica, fechando a falha do abdome, por onde o conteúdo passa e aumenta o volume. A cirurgia pode ser por videolaparoscopia (menos comum) ou por via convencional. É necessário repouso no pós operatório, para que a cicatrização ocorra de maneira correta e a hérnia não volte mais.
Hérnia Inguinal
Hérnia inguinal é a hérnia que abaúla, formando um “caroço” na virilha. Bastante comum, essa hérnia causa muito incômodo, dor e até aumento do testículo caso a hérnia também, atinja a bolsa testicular.
Pacientes obesos, tabagistas e idosos têm mais chance de apresentar. Porém, pacientes jovens e atletas também podem apresentar essa hérnia, atrapalhando o desenvolvimento e rendimento no esporte.
O diagnóstico se dá pela história e exame físico, sendo confirmado por ultrassom da região.
Em bebês, por não existir saliência na virilha nos momentos de troca de fralda, hérnia pode ser mais difícil de se identificar. No entanto, a pressão provocada por esforços em momentos de choro, durante a evacuação ou tosse, tornam a hérnia mais visível, tornando possível avaliar sua presença.
Já nos homens, além dos sintomas clássicos da hérnia, também pode surgir uma dor aguda que irradia para os testículos, o que torna mais evidente o diagnóstico.
O tratamento deve ser feito com cirurgia, que pode ser feita por via convencional (aberta) ou por videolaparoscopia, com menos dor e retorno mais precoce às atividades. A cirurgia para hérnia inguinal é uma das mais realizadas no SUS, porém somente 0.7% é realizada por videolaparoscopia.
Hérnia Incisional
Hérnia incisional é aquela hérnia que surge no local onde foi feita uma cirurgia.
Os pontos mais internos podem enfraquecer e abrir, permitindo a passagem de conteúdo do abdome.
A hérnia incisional, assim como outras hérnias, pode causar dor e incômodo, atrapalhando o dia a dia no trabalho e a prática de atividades físicas.
O diagnóstico da hérnia incisional é realizado com base na história do paciente e o exame físico, sendo confirmado com ultrassom.
O tratamento é cirúrgico para a maioria dos pacientes, permitindo retorno às atividades e prática de exercício físico.
Todos os pacientes com hérnia abdominal precisam operar?
Não, a avaliação de cirurgia é realizada depende do tamanho da hérnia, do tipo de hérnia, da idade do paciente e se o paciente é ativo (não acamado), se os sintomas atrapalham as atividades diárias, comprometendo a qualidade de vida.