O refluxo gastroesofágico é uma doença que permite a passagem do conteúdo ácido do estômago para todo o esôfago, causando queimação, pigarro, tosse, falta de ar, rouquidão, perda da voz, e, em alguns casos, úlceras e até câncer.
A deficiência da “válvula” em impedir o refluxo de ácido está relacionada, na maioria das vezes, a dieta inadequada, obesidade, cigarro, bebida alcóolica, hérnia de hiato, entre outras causas.
A doença é considerada comum, atingindo de 10 a 20% da população de adultos e bebês, às vezes a partir do nascimento ou no decorrer do desenvolvimento. Pacientes com doenças genéticas (Síndrome de Down e Distrofia Muscular) também tende a desenvolver sintomas que podem e devem ser diagnosticados e tratados.
Profissionais que utilizam da voz como instrumento de trabalho como cantores, apresentadores, locutores etc., têm um prejuízo muito grande quando a voz é acometida. Outros profissionais como atletas podem sofrer alteração da respiração, tosse e inflamação dos brônquios que são causa de perda de rendimento no esporte. Profissionais ou não, o refluxo gastroesofágico afeta a qualidade de vida de todas as pessoas pelo incômodo dos sintomas e pelo risco de complicações se não tratada.
A qualidade de vida e rendimento no trabalho, no dia a dia pode ser prejudicado pela insônia e apneia do sono que acaba sendo um ciclo vicioso junto do refluxo gastroesofágico. O paciente não tem um sono reparador, acorda cansado, e sente-se fraco por não ter um descanso de qualidade
Pessoas em uso de terapia de reposição hormonal ou mesmo durante a gestação, quando há aumento na produção de hormônios, podem sentir sintomas de refluxo gastroesofágico. Isso acontece porque alguns hormônios femininos, quando aumentados, podem promover o relaxamento da válvula entre estômago e esôfago, permitindo o retorno do conteúdo ácido para o esôfago. Através de uma avaliação da gravidade dos sintomas, é possível identificar a melhor opção de tratamento sem que seja necessário parar com a medicação, lidando melhor com o tratamento necessário ou com a gestação esperada.
O diagnóstico é dado pela história do paciente e confirmado por exames como:
Endoscopia;
pHmetria Esofágica;
Manometria Esofágica.
A mudança de dieta e hábitos é o primeiro passo no tratamento, e o uso de medicamento pode ser auxiliar no controle dos sintomas.
Quando a dieta, a mudança de hábitos e medicamentos não são suficientes, pacientes selecionados tem indicação de cirurgia, que pode ser feita de maneira minimamente invasiva, por videolaparoscopia (4 ou 5 furinhos) promovendo recuperação mais rápida e mais qualidade no retorno às atividades.